Em um mundo pós-apocalíptico devastado por uma gripe, a Sinfonia Itinerante viaja constantemente na tentativa de levar música e Shakespeare para os sobreviventes, mas nem sempre o que eles encontram no caminho são aplausos e pedidos de bis. Quando o extinto de sobrevivência do ser humano é colocado à prova sua essência é revelada de várias formas e nem sempre o que é revelado são provas de nossa civilidade.
Autor: Emily St. John Mandel
Tradução: Rubens Figueiredo
Editora: Intrínseca
Páginas: 320
Já sei o que você está pensando: "Deborah, não é um pouco macabro você resenhar um livro com esse tema em plena Pandemia?!" Estou certa? Provavelmente é um pouco macabro fazer uma resenha sobre um livro distópico que tenha semelhança com o nosso momento atual, mas acredito que esse livro tem muito o que conversar conosco "quarenteners", como alguns gostam de se identificar no momento.
Com um cenário pós-apocalíptico muito perto de um futuro real, conhecemos três personagens que vão guiar os acontecimentos da história: Arthur Leander, Jeevan Chaudhary e Kirsten Raymond. Através da vida dessas três personagens, Emily guia nossos passos e nos situa, antes, durante e depois do surto de Gripe da Geórgia. Usando três linhas temporais diferentes para nos apresentar os eventos que antecederam e sucederam a calamidade, a autora nos apresenta um futuro em que a humanidade parece, na verdade, ter "regredido". Toda a tecnologia que tínhamos alcançado e de quem dependíamos tanto deu lugar a um mundo selvagem e rústico. Com uma ideia já muito explorada na cabeça e sua paixão por Skakespeare, a autora traz uma nova roupagem para o gênero e tenta imaginar o ser humano diante de uma tragédia sem precedentes e sem motivo lógico para acontecer, levando seus personagens a se questionarem sobre o motivo de sua sobrevivência e a nós, leitores, a sentirmos o peso dela. Além disso, Emily nos aponta não só a importância das Artes e da Literatura, mas como ambas podem ser uma tábua salvadora com a responsabilidade de "humanizar" e "civilizar".
Se você assim como eu gosta de cenários pós-apocalípticos (ou até mesmo distópico) e é nerd de carteirinha (ou quase) tem que colocar esse livro na sua lista de leitura ( que, com toda certeza, já deve estar abarrotada, assim como a minha).
Aqui embaixo coloquei uma reportagem da própria editora falando de algumas curiosidades encontradas do livro.
Aqui embaixo coloquei uma reportagem da própria editora falando de algumas curiosidades encontradas do livro.
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