SINOPSE : Natascha Kampusch sofreu o destino mais terrível
que poderia ocorrer a uma criança: em 2 de março de 1998, aos 10 anos, foi
sequestrada a caminho da escola. O sequestrador - o engenheiro de
telecomunicações Wolfgang Priklopil, a manteve prisioneira em um cativeiro no
porão durante 3.096 dias. Nesse período, ela foi submetida a todo tipo de abuso
físico e psicológico e precisou encontrar forças dentro de si para não se
entregar ao desespero.
Editora: Verus
Autora: Natascha Kampusch
Páginas: 225
Quando as manchetes do sequestro de
Natascha percorreram o mundo, em 2006, acompanhei chocada a notícia. Eu só era
um pouco mais nova do que ela na época e aquilo mexeu muito comigo. Lembro que
por um tempo ainda procurei notícias para saber como ela estava nos dias atuais, agora que o martírio tinha acabado.
Assim que eu vi esse livro logo o peguei
para ler e saber mais detalhes sobre a vida da Natascha. Ele é acima de tudo uma
lição de vida, um novo jeito de ver o mundo. Lembrei muito de "O Diário de Anne
Frank" pela forma como encara tudo que passou.
Os primeiros anos do sequestro, de
acordo com a própria Natascha, foram suportáveis. O sequestrador tenta, na medida
do possível, fazer com que a vida da menina seja suportável, não a submetendo a
castigos e lesões físicas. Porém, quando a menina cresce, tudo muda de figura, pois o verdadeiro monstro aparece. As agressões verbais e o terror psicológico
não são mais suficientes para ele.
Da forma como o livro é narrado não há muitos detalhes sobre tudo que a Natascha passou. Eu acho que se ela
descrevesse tudo, e com detalhes, o livro não seria suportável. A todo o momento, eu me perguntava: "Como uma garota conseguiu passar por tudo isso?" Oito anos,
oito anos de sofrimento. Como ela ainda consegue sorrir? E ter uma vida “normal”
depois de tudo?
Outra coisa que me chamou muita
atenção é o termo "Síndrome de Estocolmo", que Natascha tenta, de todas as formas, combater.
Ela afirma que ao utilizá-lo você coloca a vítima em posição de vítima novamente, agora vítima de uma doença. Também afirma que conseguia, sim, distinguir
tudo de errado que o sequestrador fez com ela, mas que, mesmo assim, se sentia agradecida por não a ter matado e ter "cuidado" dela por todos aqueles anos.
Natascha viveu oito anos em
cativeiro, mas não perdeu a esperança de um dia se ver livre. Apesar de
todos os horrores pelos quais passou, não perdeu a humanidade.
Esse livro é uma leitura necessária
para todas as gerações. Nele temos lições de vida valiosas de uma história
cruelmente real.
Oi, Camila.
ResponderExcluirMe lembro bastante desse caso. Eu estava na pós graduação quando ele veio à tona e nós discutimos bastante a questão em uma das aulas. Eu soube do lançamento do livro, mas não me animei muito a ler porque achei que ele trouxesse um outro viés. Lendo a sua resenha agora percebi que pode ser uma leitura mais interessante do que eu imaginava.
Vou dar uma olhadinha...
Beijos
Camis - blog Leitora Compulsiva
Oii Camis!!
ExcluirVocê definitivamente deve ler esse livro. Acho ele super necessário!
Beijos!!
Oi Camila
ResponderExcluirEu já li algumas opiniões sobre o livro e tenho muita vontade de lê-lo. Sua opinião despertou ainda mais meu interesse especialmente por ter mencionado que o livro sobre todos os horrores pelos quais passou. Deve ser uma história forte. Parabéns pela resenha.
Bjos
Oi Kênia!!
ExcluirSiim, é um relato bem forte mesmo, ainda mais sabendo que tudo relatado no livro foi real.
Dê uma chance ao livro e conheça essa história.