E se de repente você perdesse a visão? Sem doença nem motivo aparente. Você leva uma vida normal e do nada....Não consegue mais enxergar? Mas em vez de uma cegueira normal em que você vê tudo negro, você vê tudo branco...Como se mergulhasse em um mar de leite? E se de repente você descobre que esse fenômeno não acontece só com você, mas parece ser proveniente de uma epidemia? Com essas perguntas em mente o escritor lusitano José Saramago escreve Ensaio sobre a Cegueira, um livro que mistura realismo e futuro distópico.
Dentro de nós há uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos
Sinopse: Um motorista parado no sinal se descobre subitamente cego. É o primeiro caso de uma "treva branca" que logo se espalha incontrolavelmente. Resguardados em quarentena, os cegos se perceberão reduzidos à essência humana, numa verdadeira viagem às trevas.
O Ensaio sobre a cegueira é a fantasia de um autor que nos faz lembrar "a responsabilidade de ter olhos quando os outros os perderam". José Saramago nos dá, aqui, uma imagem aterradora e comovente de tempos sombrios, à beira de um novo milênio, impondo-se à companhia dos maiores visionários modernos, como Franz Kafka e Elias Canetti. Cada leitor viverá uma experiência imaginativa única. Num ponto onde se cruzam literatura e sabedoria, José Saramago nos obriga a parar, fechar os olhos e ver. Recuperar a lucidez, resgatar o afeto: essas são as tarefas do escritor e de cada leitor, diante da pressão dos tempos e do que se perdeu: "uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos".
Autor: José Saramago
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 312