[Resenha]Americanah - Chimamanda Ngozi Adichie

Em Americanah Chimamanda nos apresenta Ifemelu, uma mulher independente que resolve voltar à sua terra natal. Depois de anos nos EUA Ifemelu se torna uma Americanah.

Autora: Chimamanda Ngozi Adichie
Editora: Companhia das Letras
Tradutora: Julia Romeu
Páginas: 520
Sinopse: Lagos, anos 1990. Enquanto Ifemelu e Obinze vivem o idílio do primeiro amor, a Nigéria enfrenta tempos sombrios sob um governo militar. Em busca de alternativas às universidades nacionais, paralisadas por sucessivas greves, a jovem Ifemelu muda-se para os Estados Unidos. Ao mesmo tempo que se destaca no meio acadêmico, ela depara pela primeira vez com a questão racial e com as agruras da vida de imigrante, mulher e negra. Quinze anos mais tarde, Ifemelu é uma blogueira aclamada nos Estados Unidos, mas o tempo e o sucesso não atenuaram o apego à sua terra natal, tampouco anularam sua ligação com Obinze. Quando ela volta para a Nigéria, terá de encontrar seu lugar num país muito diferente do que deixou e na vida de seu companheiro de adolescência. Principal autora nigeriana de sua geração e uma das mais destacadas da cena literária internacional, ChimamandaNgoziAdichie parte de uma história de amor para debater questões prementes e universais como imigração, preconceito racial e desigualdade de gênero. Bem-humorado, sagaz e implacável, Americanah é, além de seu romance mais arrebatador, um épico contemporâneo. 
“Em parte história de amor, em parte crítica social, um dos melhores romances que você lerá no ano.” - Los Angeles Times 
“Magistral… Uma história de amor épica…” - O, The Oprah Magazine Vencedor do National Book CriticsCircleAward. 
Eleito um dos 10 melhores livros do ano pela NYT Book Review. Há mais de 6 meses nas listas de best-sellers. Direitos para cinema comprados por LupitaNyong’o, vencedora do Oscar de melhor atriz coadjuvante por Doze anos de escravidão. 


Dando continuidade as resenhas de livros indicados no post Black Lives Matters, hoje vamos falar sobre o livro de ninguém mais ninguém menos que Chimamanda! Militante e uma das maiores representantes do Movimento Feminista, escritora de títulos como “Sejamos todos Feministas”, “Hibisco Roxo” e do TED que viralizou “O Perigo de uma História Única”. Essa escritora nigeriana de 42 anos é filha de professor universitário e sua mãe foi a primeira mulher a trabalhar como administradora. Chimamanda estudou por um ano medicina e farmácia na Universidade da Nigéria e, durante esse período, atuou como editora da revista The Compass, administrada pelos alunos do curso de medicina. Aos 19 anos, mudou-se para os EUA para estudar. Em 2003, completou seu mestrado em Escrita Criativa plea Universidade Johns Hopkins e, em 2008, recebeu certificado como Mestre de Artes em Estudos Africados pela YALE.
Vamos ver algumas curiosidades sobre Chimamanda?
  • Seu romance "Meio Sol" foi adaptado para o cinema em 2013
  • "Americanah" teve os direitos comprados para adaptação pela HBO Max. A minissérie terá LupitaNyong’o e YackarzMomoh, respectivamente, nos papéis de Ifemelu e Obinye
  • Um trecho do seu discurso “Todos nós deveríamos ser feministas” foi incorporado à canção ***Flawless, da cantora norte-americana Beyoncé.
  • O TED “O Perigo de uma história Única” já foi assistido em 46 línguas diferentes.

Agora vamos à resenha?
Bem, nesse livro, Chimamanda nos apresenta à Ifemeluuma, nigeriana que mora há anos nos EUA e que decide voltar para sua terra natal. Ao longo da narrativa, Chimamanda nos leva pelas memórias de Ifemelu e tudo que ela passou até chegar na sua situação atual nos EUA. É assim que conhecemos tia Uju e Obinze, primeiro amor da vida de Ifemelu. Ao longo da narrativa, fazemos um passeio pelos eventos políticos ocorridos na Nigéria nos anos 90 e também um pouco pela sua cultura e pela sua estrutura social, bem como as dificuldades dos imigrantes ilegais negros nos EUA e na Inglaterra.
Com a história de Obinze e Ifemelu correndo em paralelo, Chimamanda mostra duas realidades: a da Americanah, que alcançou o sonho americano, e o do imigrante, que vive com medo de ser deportado. Além disso, somos confrontados constantemente com o racismo estruturado na cultura estadunidense. Para colocar uma cereja no bolo, Ifemelu é uma blogueira que escreve sobre sua vivência de negra em um país racista e chama a atenção do leitor para pontos sutis do racismo.
Apesar da quantidade de páginas, Chimamanda entrega ao leitor um livro com uma escrita fluida, interessante e intrigante, com constante toques de sarcasmo e realidade. Simplesmente obrigatório para quem procura uma leitura fora do eixo EUA – EUROPA.

2 comentários

  1. Eu amo muito a Chimamanda, a escrita dela é perfeita! Não sabia que tinha adaptação de "Meio sol amarelo" chorei horrores com ele.
    Lupita como Ifem? MEU DEUS ❤❤
    Parabéns pela resenha!
    Garota de Canela

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    1. Patiele! Que bom que encontrei outra pessoa que está surtando com essas informações!!!!
      Assim que a série sair pode ter certeza de que vamos resenhar!

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