
Sinopse: O Poço conta a
história de um lugar misterioso, uma prisão indescritível, um buraco profundo.
Dois reclusos que vivem em cada nível. Um número desconhecido de níveis. Uma
plataforma descendente contendo comida para todos eles. Uma luta desumana pela
sobrevivência, mas também uma oportunidade de solidariedade.
Direção: Galder Gaztelu-Urrutia
Elenco: Zorion Eguileor, Ivan Massagué,
Antonia San Juan
Dureção: 94 min
Ano: 2019
Hey, companheiros de quarentena! Como está o
saldo de livros lidos e séries e filmes assistidos?
Em uma dessas noites após terminar de ver mais
uma série (Anne com E, que por sinal é maravilhosa!!!) parei para ver um filme
e o escolhido da vez foi “O poço”.
Depois que assistir, vi que tinham muitas
pessoas comentando sobre ele, dizendo não ter entendido... Confesso que talvez
o final não tenha ficado muito claro, mas a obra em si é um tapa na cara e vou
te contar como foi a minha experiência.
Nas primeiras palavras vi que era um filme
espanhol! Lembrei logo das aulas no ensino fundamental em que a professora
passava um filme para incentivar o aprendizado do idioma, e eu já sabia que eu
podia esperar uma trama complexa.

No começo do filme, o protagonista chamado
Goreng (Ivan Massagué) aparece sentado em uma prisão com um senhor o encarando
do outro lado do ambiente. No centro desse local, tinha um buraco no chão e
após Goreng tentar uma interação, descobrimos qual a função desse buraco.
Existem três tipos de pessoas. As de cima, as de baixo e as que caem.
O senhor se chama Trimagasi (Zorion Eguileor),
o local onde eles estão, é conhecido como prisão vertical e o buraco no centro
(o poço), é de onde vem a comida. A prisão é dividida em níveis, e a mesma mesa
de comida que para no primeiro andar, vai parando nos seguintes. Cada andar tem
pelo menos duas pessoas e a plataforma só fica durante dois minutos disponível,
ou seja, quem está no nível dez por exemplo, vai consumir os restos de outras
dezoito pessoas, enquanto quem está no primeiro nível, vai se alimentar de uma
refeição intocada.
Além de ter tempo limitado, se alguém pegar
algum item quando a mesa sai de seu nível, está sujeito a uma punição e a cada
30 dias os presos mudam de nível de forma aleatória, então uma pessoa que está
no nível 3, pode ir parar no 100 e aí irá saber como é viver nos níveis mais
baixos.

O que revolta é que por mais que todos saibam
como funciona, isso não faz com que mudem seus comportamentos em prol das
outras pessoas do andarem mais baixos. Cada um pensa somente em si, o que
costuma ser bem semelhante na realidade.
Somente uma solidariedade espontânea pode trazer mudanças.
O
que eu vi com isso? O filme se trata de uma baita crítica a sociedade! Onde as
pessoas que estão em cima tem muito mais vantagens sobre os que vem depois, e
quanto mais baixo você está, menos direitos tem. Na verdade, quanto mais baixo,
você tem que ficar satisfeito se te sobrarem pelo menos os ossos.
Super indico para quem quer algo que traga
reflexão.
Disponível na Netflix.
Que lição de vida foi esse filme, por mais que o final tenha ficado esquisito kkk. Mas achei um máximo. Todos tinham que levar isso pra vida!
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