[Resenha] Obejetos Cortantes - Gillian Flynn

Sinopse: Uma narrativa tensa e cheia de reviravoltas. Um livro viciante, assombroso e inesquecível. Recém-saída de um hospital psiquiátrico, onde foi internada para tratar a tendência à automutilação que deixou seu corpo todo marcado, a repórter de um jornal sem prestígio em Chicago, Camille Preaker, tem um novo desafio pela frente. Frank Curry, o editor-chefe da publicação, pede que ela retorne à cidade onde nasceu para cobrir o caso de uma menina assassinada e outra misteriosamente desaparecida. 
Desde que deixou a pequena Wind Gap, no Missouri, oito anos antes, Camille quase não falou com a mãe neurótica, o padrasto e a meia-irmã, praticamente uma desconhecida. Mas, sem recursos para se hospedar na cidade, é obrigada a ficar na casa da família e lidar com todas as reminiscências de seu passado. Entrevistando velhos conhecidos e recém-chegados a fim de aprofundar as investigações e elaborar sua matéria, a jornalista relembra a infância e a adolescência conturbadas e aos poucos desvenda os segredos de sua família, quase tão macabros quanto as cicatrizes sob suas roupas. 

Autora: Gillian Flynn
Editora: Intrínseca
Páginas: 254

        A protagonista - Camille Preaker - tinha apenas treze anos quando sua irmã morreu 
e alimentada pela dor (entre outras coisas) Camille passou sua adolescência esculpindo palavras em sua pele, cobrindo quase cada centímetro de seu corpo com as marcas de sua dor. Dez anos depois, Camille Preaker é agora uma jornalista que retorna à pequena cidade de sua juventude para relatar os assassinatos de duas garotas - garotas que tiveram todos os dentes removidos. 
“Algumas vezes minhas cicatrizes pensam sozinhas.” 

Camille é logo apanhada na cidade mais uma vez, ela tenta se dar bem com a mãe que nunca a amou e estabelecer um relacionamento com a meia-irmã problemática que mal conhece. Parece que mais uma vez cidades pequenas têm os maiores segredos e Camille se vê sendo arrastada cada vez mais para dentro da investigação, seu estado frágil de sua mente constantemente ameaçando derrubá-la. 

“Algumas mulheres não nascem para ser mães. E algumas mulheres não nascem para ser filhas.” 
Este é um livro médio e desagradável. Eu sabia que estava tendo um suspense psicológico sombrio. Flynn nunca se esquiva dos detalhes horríveis. Você não encontrará nada agradável nessa história; o sexo, por exemplo, é sempre algo complexo - é uma fuga, uma barganha. Todo o resto é semelhante. 


Flynn faz um trabalho fantástico de desafiar a noção de que as mulheres são fracas, inocentes, donzelas em perigo. Em um mundo onde as mulheres são vítimas - tanto em sua representação na mídia quanto nas estatísticas - este é um olhar muito interessante para outros tipos de mulheres. É programado em nós acreditar que as mulheres são mais seguras, mais gentis, construídas com um instinto que torna difícil para elas serem cruéis e causar dor sem motivo. Talvez estivéssemos sempre errados. 

RESENHA ESCRITA POR: GABRIELA FAGUNDES

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