Olá pessoal!
Imaginem
acordar em um mundo apocalíptico, sem memória e em uma cama de laboratório. Foi
isso o que aconteceu com a Loollipop a protagonista deste livro sobre o qual
vou conversar com vocês.
Sinopse: Guerras e destruição,
causadas pela ganância de um homem, quase levaram a raça humana à extinção. Com
a radiação das bombas nucleares, o DNA humano sofreu mutações e uma nova
espécie surgiu: os metacromos, seres especiais, com poderes extraordinários.
Em meio ao caos de um mundo pós –
apocalíptico, Lollipop e Jazz são resgatadas do instituto onde eram mantidas
prisioneiras. Com as memórias apagadas, elas não sabem por que estavam ali nem
quem as libertou. E, enquanto buscam respostas sobre suas origens, só lhes
resta lutar pela sobrevivência.
Evan, um vampiro milenar, lidera
com mãos de ferro uma das mais poderosas áreas do planeta. Mas quando, por obra
do destino, ele reencontra a mulher que pensou estar morta há décadas, tudo
desmorona e ele é obrigado a enfrentar o passado.
Autora: Ana Beatriz Brandão
Editora: Verus
Páginas: 333
Sob a Luz
da Escuridão veio parar na minha estante
por acaso. Muitas amigas me indicavam um outro livro da autora, O Garoto
do Cachecol Vermelho, e quando fui para a Bienal decidi finalmente comprá-lo.
Quando cheguei no stand da editora soube que iria acontecer uma sessão de
autógrafos da Ana Beatriz, mas um dos requisitos para que ela autografasse os
livros seria se um deles fosse Sob a Luz da Escuridão. Bom, acabei comprando, mas
não me arrependi de jeito nenhum.
Lollipop,
(Lolli para os íntimos kkk), é uma garota que certo dia acordou dentro de um
laboratório sem saber quem era e onde estava, tudo o que sabia era que
precisava fugir de lá. Durante a sua tentativa de fuga, ela é ajudada por
Chris, um desconhecido que tem no banco de seu carro Jéssica (Jazz), uma garota
que aparentemente estava fugindo do mesmo lugar que ela. Lolli, Chris e Jazz
acabam formando uma parceria em busca de sobrevivência e aí passamos a
compreender onde a história se passa.
Este é o
primeiro livro de uma série, e devido a isso ele passa muito tempo introduzindo
a realidade em que vivem os personagens. O mundo não é mais o mesmo, após o
ditador Leonard Travis Goyle assumir o poder, deu-se início à Quarta Guerra
Mundial e o fim da sociedade como conhecemos hoje. Graças ao excesso de
radiação usado durante essa guerra, os seres humanos sofreram mutações
genéticas e alguns desenvolveram habilidades bem parecidas com a de Mutantes.
Achei muito interessante o modo como a autora abordou o tema da distopia, embora seja tudo ficção, o cenário em que ocorreu o início da Quarta
Guerra Mundial é bem semelhante ao cenário mundial no qual vivemos hoje.
Enquanto lia o livro tinha a sensação de que tudo aquilo poderia vir mesmo a
acontecer.
“Não nos programamos para a morte. Ela é previsível, embora sua chegada seja imprevisível. Engraçado como uma ou duas letras podem mudar completamente o significado de algo.”
Com o
passar da história, Lolli e Jazz acabam conhecendo Evan, o Vampiro. Aí vocês
devem estar pensando: “ Espera aí, uma história que mistura distopia, com
mutantes e vampiros? Não vai dar certo!”. Pois é, tive essa reação, mas sabem
que funcionou?
Evan é um
vampiro extremamente velho e lindo que é o líder de umas das mais importantes
áreas existentes. Ele tem como braço direito, Sam, seu filho adotivo. Ao se
juntar a Evan, Lolli e Jazz começam a descobrir muitas coisas sobre o passado
de Lolli, bem como do seu passado com Evan.
“Até mesmo a forma como se moviam perto um do outro era diferente; eles eram como peças de um quebra – cabeça, que precisam se encaixar para fazer sentido.”
Acredito
que esse primeiro livro tenha sido mais como uma introdução para os próximos,
uma vez que passou muito tempo explicando os fatos que ocorreram antes do
momento no qual a história se passa e, achei que acabou tendo pouca ação. Mas,
o final me deixou com muitas expectativas em relação a continuação.
Este não é
um livro perfeito. Ao longo da leitura acabei encontrando alguns erros
principalmente em relação às questões temporais, entretanto Ana Beatriz é uma
autora muito jovem (acabou de completar 19 anos) e, acredito que ainda está
amadurecendo sua escrita. Apesar da pouca idade, este é o quinto livro
publicado por ela sendo que inclusive,
uma de suas obras já está em processo de se tornar um filme. Este é o segundo
livro que leio da Ana Beatriz mas, não se tornou o meu preferido. Espero que na
continuação, Lillipop e Evan me conquistem mais com sua história.
Classificação
Nenhum comentário