[Resenha] [Séries] Sex/Life - Netflix

 Desde sua estreia, Sex/Life está no Top Netflix mas será que vale a pena assistir?


  Billie Connelly (interpretada por Sarah Shahi) é uma mulher casada e com dois filhos. Para muitos, a vida de Billie pode ser vista como perfeita: Um marido bem sucedido, filhos saudáveis, uma casa aconchegante com cerca branca... A famosa vida de comercial de margarina.

 Tudo caminha de forma morna e tranquila até que Billie da início a um diário onde mostra um lado seu que nem seu marido faz ideia. Recheado de experiências picantes, o passado de Billie expõe uma mulher que não negava seus desejos e estava perfeitamente bem resolvida com sua vida acadêmica e sexual. Ela tinha um PhD em psicologia sendo encaminhado, suas noites eram em companhia de sua melhor amiga desbravando as melhores festas de Nova York e nada poderia estar melhor se não fosse seu destino cruzar com Brad Simon (Adam Demos).

 Brad é o famoso bad boy. Com seu estilo despojado, um humor ácido e problemas psicológicos entranhados em sua construção pessoal. Assim que conhece Billie a tensão entre os dois é instantânea e após se relacionarem os dois vivem muitas aventuras quentes que fazem a tela pegar fogo!

 Apesar da química, algumas experiências entre o casal nos faz questionar a existência de um relacionamento abusivo. Brad é instável e faz diversas coisas que fazem com que Billie acabe sofrendo na sua busca por tentar manter a relação.

 As experiências descritas deixam o marido de Billie, Cooper (Mike Vogel) desconfortável. Ele passa então a tentar competir com o passado da mulher tentando reacender seu casamento. A princípio temos a impressão de que ele está preocupado com o casamento, mas refletindo um pouco melhor aparentemente parece algo como ego ferido. Ele chega inclusive a ir atrás do ex de Billie para ver de perto o “muso” de sua esposa.

 Um dos pontos positivos da série (além de atores gatíssimos) é que mesmo tratando-se de um corriqueiro clichê de triangulo amoroso, dessa vez a mulher não é tida como um objeto de desejo, pelo contrário, ELA tem seu objeto de desejo. Mesmo sendo mãe de dois filhos, com os hormônios a flor da pele durante a amamentação, a série retrata que mulheres também têm necessidades, assim como os homens. Dessa vez não é uma mulher tentando impressionar um homem, e sim uma mãe de família humana que assume suas vontades e tenta mostrar ao marido do que sente falta.

 Uma outra questão que me chamou a atenção foi a ideia de que Billie precisou deixar de ser quem era para se tornar digna de um casamento. Assim que conhece Cooper, ela deixa totalmente de lado sua vida e tenta esconder uma grande parte de si para impressioná-lo, o que a longo prazo acaba se mostrando um problema. Ela podia ser totalmente quem era com Brad mas a relação não era saudável, enquanto com Cooper era como se não achasse que ele fosse entender e acolher seu lado mais selvagem, então ela tenta ser quem acha que ele apreciaria ter ao lado.

 Uma curiosidade é que a série é baseada em fatos reais! BB Easton escreveu um diário e deixou a vista para que seu marido soubesse de suas necessidades. Ela diz que se arrepende de ter feito isso no lugar de conversar de forma aberta com o marido, mas de qualquer forma suas histórias rendeu um livro que se chama “4 homens em 44 capítulos. De acordo com ela, seu marido não leu o livro e por isso os dois ainda continuam casados. Hahaha

 Outra informação que vi foi que os atores que interpretam Billie e Brad acabaram se apaixonando e hoje vivem um relacionamento na vida real com direito a muitas declarações nas redes sociais!  

 

 Vale a pena assistir?

 Apesar de ser uma série que trouxe diversas polêmicas, incluindo um nu frontal, no geral é uma série que tinha um prato cheio para explorar um pouco mais alguns pontos femininos mas deixou um pouquinho a desejar. De qualquer forma não deixa de ser um bom entretenimento. Quem não gosta de muitas cenas calientes não vai se interessar pela trama, porque 80% dela são cenas picantes, 20% são a história e o final é terrível, mas sem spoilers.

 A série está disponível na Netflix em 8 episódios e para quem não tem um bebê em casa como eu, provavelmente consegue terminar de assistir em dois dias no máximo.

E sim! Estou com um bebê em casa e estava vendo uma série proibida para menores de 18 anos, porque me tornei mãe mas ainda estou viva. Hahahaha

 E aí, vocês viram? Gostaram? Conta pra gente!


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