[Resenha] Assassinato no Expresso do Oriente, de Agatha Christie.

 Assassinato no Expresso do Oriente, de Agatha Christie.


Sinopse:

"Nada menos que um telegrama aguarda Hercule Poirot na recepção do hotel em que se hospedaria, na Turquia, requisitando seu retorno imediato a Londres. O detetive belga, então, embarca às pressas no Expresso do Oriente, inesperadamente lotado para aquela época do ano. O trem expresso, porém, é detido a meio caminho da Iugoslávia por uma forte nevasca, e um passageiro com muitos inimigos é brutalmente assassinado durante a madrugada. Caberá a Poirot descobrir quem entre os passageiros teria sido capaz de tamanha atrocidade, antes que o criminoso volte a atacar ou escape de suas mãos."
Autora:  Agatha Christie.
Páginas: 223.
Editora: Nova Fronteira.



Agatha Christie, ou melhor, a Rainha do crime, nasceu em 15 de setembro de 1890, no Reino Unido. Conhecida mundialmente por ter criado os ícones Hercule Poirot e Miss Marple, hoje será alvo de nossa análise.

Publicado em 1 de janeiro de 1934, o Assassinato no Expresso do Oriente foi redigido em razão  de uma notícia verdadeira ocorrida nos Estados Unidos, no qual relata a história intrigante do sequestro e morte de Daisy Armstrong, e,  de mesmo nome no livro,  o personagem Cassetti foi atestado como culpado.

Agatha utiliza desse enredo para a construção do seu romance. Hercule Poirot decidiu às pressas tomar um trem que o levaria de Bagdá à Londres, no qual presenciou a morte que aguça a história.
Em meio à  noite, ouve-se barulhos estranhos, passos e vultos. Poirot atenta-se, mas não  imagina o que virá à seguir.

Nessa noite ocorria uma nevasca que impediu a passagem do trem e eles se viam incapazes de continuar.  Foi em meio à esse cenário que foi descoberto, no dia seguinte, que o próprio criminoso Cassetti foi vitimado por 12 facadas.

A investigação logo é iniciada por Hercule, que junta todas as provas e observa o cenário tenebroso daquela noite. Um lenço, uma caixa de charutos e o fato dos golpes serem de diferentes intensidades: o que teriam em comum?

Os passageiros são todos intrigantemente distintos e demonstram possuir álibis irrefutáveis, acentuando a crise de se resolver um caso que recaia sob os tetos de um trem em meio à nevasca.

Tudo isso vem a calhar para a construção desse romance que irá nos confundir e nos impressionar com seu desfecho. Uma obra bem acabada como é de característica da Rainha e que demonstra que todo crime possui falhas e Poirot sempre será capaz de assimilá-las.

Para quem conhece o estilo da autora,  não  se surpreenderá com a linguagem e modo de narração, mas para àqueles que buscam iniciar nos livros de Agatha Christie, aconselho que não  se deixe enganar pelo que aparentemente está sob seus olhos e devidamente coloque sua massa cinzenta para funcionar ( logo compreenderão) em busca do assassino.



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