[Resenha] Diário de Anne Frank - Anne Frank.


Cabe ressaltar que histórias sobre a II Segunda  Guerra sempre serão aterradoras.




Sinopse:
“Anne Frank passou dois longos anos escondida no “Anexo Secreto” de um prédio de escritórios em Amsterdã, entre 1942 e 1944. Sua história é conhecida no mundo inteiro graças ao diário que ela escreveu para escapar do tédio do confinamento. Por meio dele, podemos acessar os sentimentos mais profundos da adolescente que, presa por tanto tempo em um pequeno cômodo com outras sete pessoas, ainda se revela uma jovem engraçada, sensível e cheia de esperança. O diário de Anne Frank  é um relato doce e, ao mesmo tempo, melancólico da garota judia e sua experiência durante a Segunda Guerra.”

Autora: Anne Frank.
Páginas: 337.
Editora: BestBolso.


Desde os primórdios, as guerras fazem parte da nossa sociedade. Quando nos  deparamos com elas, muitas vezes à distância, não  podemos calcular a perda que elas sujeitam a humanidade.

A história descrita no livro O Diário de Anne Frank acaba por narrar a vida verídica de Anne Frank, menina judia e alemã. Há combinação mais apavorante em meados do século XX?

Narrada em primeira pessoa, trata do diário que a menina ganhou em 12 de junho de 1942, em seu aniversário de 13 anos, do pai, Otto Frank. A partir dali, passa  a relatar a vida cotidiana da simples família.

Logo de início, a menina demonstra que o real intuito é apenas descrever seus anseios, suas vivências  e não algo a ser lido pelo mundo. Fala de sua mãe, de sua irmã,  de seu pai e todas as pequeninas  mudanças que anunciavam que o exército do Terceiro Reich estava chegando, como a bela estrela de Davi que identificava os judeus.

Contudo, não  há nada de muito simples na vida que terão  que levar. Com a tomada da Holanda pelo exército de Hitler e posterior rendição do exército Holandês, a família  toma a difícil decisão ao descobrir que a filha mais velha ( Margot)  foi convocada a trabalhar para a Alemanha nazista: teriam que fugir.

O plano é arquitetado pelo pai e a fuga é vitoriosa. Daí se vê a mudança tenaz na escrita de Anne. A convivência confinada traz mais agonias do que segurança, ao se verem trancafiados em um esconderijo aos fundos de uma empresa. Amigos auxiliam na sobrevivência da família Frank.




O convívio da família passa a ser o alvo dos escritos de Anne. Já mais madura, passa por muitos conflitos que fazem um paralelo com os conflitos que estão  ao seu redor. Seu coração se agonia tanto com suas aflições como com o rumor das bombas que  estão  cada vez mais latentes em meio as paredes cerradas dos cômodos.

Há uma outra família com quem dividem o esconderijo. Somente conhecendo as letras de Anne Frank que se pode compreender o que aconteceu naquele lugar chamado por ela de "Anexo Secreto", leitura obrigatória para os amantes da temática Segunda Guerra e da alma feminina.

Adolescente e vivaz, não  espere que seus escritos sejam permeados da cultura erudita e clássica, mas que sejam tão  simples quanto uma rosa à desabrochar. Não  se pode tecer críticas que não  sejam postas por terra pela eloquência de uma vida na Guerra. Apenas compreenda que o valor de Anne não  está na sua sabedoria infinita, mas sim na sua vida finita.

2 comentários

  1. Esse livro é muito lindo, li quando era criança e ainda o guardo no meu coração, eu gostaria muito de poder conhecer a Anne, é uma pena ela ter morrido nesse episódio. Tão nova e vivaz.
    Jardim de Palavras

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    1. Depois dessa resenha, vivaz se tornou sinônimo de Anne para mim rs. Amo essa história

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