Sinopse: “Ei! Por favor, você não
tocou neste livro por acaso. Preciso que me ajude. Eu quase me casei, sim, isso
pode parecer normal, mas, eu estou morta, e não apenas isso, estou condenada a
reviver o dia fatídico de minha morte todos os dias.
Quando eu morri? No dia de meu casamento. Para que eu descanse em
paz preciso descobrir meu assassino, isso só será possível se você ler a minha
história.”
— Rosinha, a noiva.
Rosinha morre no dia de seu casamento e está amaldiçoada a reviver
essa tragédia por toda a eternidade. Como quebrar esse circulo vicioso de
flores, bolinhos, convidados e uma morte horrível? Descobrindo seu assassino.
Autora: Marcos Martinz
Editora: Skull
Páginas: 102
Em "Até que a morte
nos ampare", fazemos um passeio pelo mundo dos mortos e conhecemos Rosa
Caveira, uma simpática moradora do lado de lá da vida que está tentando atingir
a redenção.
Rosa é uma habitante um
tanto peculiar do mundo dos mortos. Vivendo em uma casinha onde tenta
inutilmente regar flores mortas, a caveirinha conquista o coração dos leitores
ao contar sua história para Marcos, nada mais nada menos do que o próprio autor
do livro!!
Marcos é um humano amigo da dona
morta, que constantemente recebe um convite para ouvir histórias do mundo dos
mortos enquanto seu corpo mortal dorme. Essas histórias são contadas no mundo
dos vivos, para pessoas tipo... nós! Seus leitores.
Essa forma do autor
interagir com quem está do outro lado da leitura, falando
"diretamente" eu achei super criativa e bem-vinda.
— Não se engane, belos rostos podem esconder histórias macabras na alma.
Como estava dizendo... Em
um dos inúmeros passeios oferecidos pela Dona Morte, Marcos conhece Rosa
Caveira, mais conhecida como Rosinha.
Ela quando viva, era uma moça do interior cheia de sonhos, como por exemplo,
viajar pelo mundo, mas morreu ainda muito jovem e o mais espantoso de tudo, no
dia de seu próprio casamento.
Rosa iria se casar com
Flavinho, mas no dia de seu casamento, uma forte insegurança se abateu sobre
ela, fazendo com que ela pensasse em desistir de casar. Depois de refletir um pouco e acabar
cochilando, Rosa acorda espantada ouvindo as badaladas dos sinos da igreja,
anunciando o horário que era para seu casamento estar acontecendo, e pior,
aparentemente ela havia perdido sua carona.
Após correr para chegar a tempo, Rosinha se depara com uma cena que serve como
um soco em seu estômago: A carona que havia perdido entra na igreja com um
corpo nos braços... E esse era o corpo dela.
Sem conseguir aceitar e entender o
que estava acontecendo, Rosa tem seu primeiro encontro com a dona morte, que
informa sobre sua morte. A falta de aceitação faz com que ela reviva várias e
várias vezes o dia de sua morte, sem nunca conseguir chegar ao culpado por
tirar sua vida, até que um dia ela descobre o que realmente aconteceu e uma
reviravolta de sentimentos a invade.
— O veneno que leva à morte é feito com doses da falta de amor-próprio, quando não nos amamos, perdemo-nos nas escolhas, assim sendo: tomamos atitudes impensadas, atitudes essas que entorpecem a razão. — E essa foi a resposta mais bela que pude escutar e anotar.
Um livro curto que trata
sobre um assunto pesados e sério de forma leve. Um enredo que consegue prender,
surpreender e faz pensar.
Para quem quer uma leitura
rápida, super indico, mas para quem espera um final clichê, isso você não vai
encontrar aqui.
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