[Resenha dupla] A Química que há entre Nós

 

Um romance YA que bebe da fonte de escritores como John Green. Em que a experiência romântica dos protagonistas influencia o seu crescimento e amadurecimento romântico, em que a dor e o desejo, a culpa e a vontade andam juntas.

Autora: Krystal Sutherland

Editora: Globo Alt

Tradutora: Luisa Geisler

Páginas: 276

Sinopse: O livro que deu origem à superprodução da Amazon estrelada por Lili Reinhart

Fãs de John Green e Rainbow Rowell vão se apaixonar por esta nada clichê história de amor

Grace Town é diferente. Com suas roupas masculinas, desleixo aparente e uma bengala que leva para todo canto, ela é extremamente reservada, faz perguntas inusitadas e simplesmente não se encaixa em sua nova escola - não que isso seja um problema para ela. Henry Page, por outro lado, é tão comum que chega a ser tedioso e, por motivos que nem ele sabe explicar, se vê cada vez mais atraído pela misteriosa garota.

Uma história de primeiros amores com um desfecho surpreendente, A química que há entre nós é um YA tão interessante quanto atípico, e já conquistou os mais diversos tipos de leitores.
 


E vamos de resenha dupla? Hoje, além de falar sobre o livro, vamos conversar também sobre a adaptação produzida pela Amazon Prime e disponibilizada no dia 21 de agosto.

Como podemos ler na própria sinopse disponibilizada pela editora, “A Química que há entre nós” é um YA para aqueles que procuram ou gostam de livros ao estilo do John Green, em que o romance adolescente tem mais drama do que deveria ou do que é comum acontecer na jornada adolescente na vida real.

No livro, a autora nos apresenta Henry Page, um adolescente que está em seu último ano escolar e que sempre teve uma vida pacata, com uma família perfeita e à sombra de sua irmã mais velha rebelde e de Grace Town, aluna que acaba de se mudar para a escola e que chama a sua atenção por ser bonita e misteriosa. Ao longo do livro vamos acompanhando o desenrolar de um relacionamento não convencional e descobrindo parte dos segredos e dores que Grace carrega.

Narrado em primeira pessoa por Henry, é possível perceber que o envolvimento romântico do personagem com sua colega misteriosa tem mais a ver com a sua necessidade de experienciar um envolvimento amoroso e sua projeção de quem ele gostaria que Grace Town fosse. Henry é cercado por uma vida perfeita, com amigos desde a infância, pais que se dão superbem e são compreensivos. Tendo esse background, Henry parece acreditar que há conserto para tudo (não é à toa que é fascinado pela técnica japonesa conhecida como Kintsugi) e, ao ver sua colega ferida, quer consertá-la. Mas como consertar quem não quer? Como consertar o outro quando muitas vezes não temos poder para consertar a nós mesmos? Com essas perguntas, Henry vai vivenciando um relacionamento amoroso cheio de problemas, com uma pessoa que está ferida demais para isso e que, sem perceber, tenta usá-lo de “muleta emocional”. Ao longo da narrativa, percebemos o crescimento de Henry e o desenvolvimento do personagem do amor-próprio e da compreensão.

 

Agora vamos ao filme?

Direção: Richard Tanne

Roteirista: Richard Tanne

Elenco: Lili Reinhart, Austin Abrams, Sarah Jones, Bruce Altman, Cora Peña, Meg Gibson e C.J

 

A sinopse é basicamente a mesma, mas o filme toma liberdades para o desenvolvimento dos personagens, deixando de lado alguns pontos que acho importantes na narrativa. Além disso, o Richard Tanne decide levar a história para um lado mais positivo, resultando em um final esperançoso quanto ao relacionamento do casal e também opta por mudanças nas personalidades dos personagens e na ordem dos eventos.

Mas o filme é ruim? Não, se você colocar de lado o fato de ser a adaptação do livro de mesmo nome e vê-lo de forma independente, é um filme envolvente, bom para passar o tempo, mesmo que superficial pelo tema que explora.

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