[Resenha] Filme - Aquaman


Com um roteiro bem amarrado e um super-herói carismático, a DC nos presenteia com um filme que sai totalmente da curva do vem fazendo e coloca Aquaman ao lado de Mulher Maravilha e Batman-Cavaleiro das trevas no hall de filmes bem sucedidos da empresa! Nós assistimos o filme na pré-estreia e trazemos uma resenha sem spoiler para quem, como eu, estava na dúvida se o filme vale à pena ou não.




Sinopse:
 Filho do humano Tom Curry (Temuera Morrison) com a atlante Atlanna (Nicole Kidman), Arthur Curry (Jason Momoa) cresce com a vivência de um humano e as capacidades metahumanas de um atlante. Quando seu irmão Orm (Patrick Wilson) deseja se tornar o Mestre dos Oceanos, subjugando os demais reinos aquáticos para que possa atacar a superfície, cabe a Arthur a tarefa de impedir a guerra iminente. Para tanto, ele recebe a ajuda de Mera (Amber Heard), princesa de um dos reinos, e o apoio de Vulko (Willem Dafoe), que o treinou secretamente desde a adolescência.





Roteiro: Will Beall, David Leslie e Johnson-McGoldrick
Direção: James Wan
Elenco: Jason Momoa, Amber Heard, Willem Dafoe, Temuera Morrison, Dolph Lundgren, Yahya Abdul-Mateen II, Patrick Wilson e Nicole Kidman




Quando fiquei sabendo que a DC estava investindo em um filme sobre o Aquaman preciso admitir que tremi de medo e torci a cara em preconceito. Pensei logo “ como vão fazer as cenas aquáticas? Acho que vou passar muita vergonha alheia quando assistir esse filme...”, e qual não foi a minha surpresa ao me deparar com a incrível direção de James Wan e com suas soluções muito bem pensadas para problemas que seriam inevitáveis na filmagem. O diretor não poupou esforços para nos fazer sentir debaixo d’água, com cenas que simulam, de forma muito convincente, a movimentação dentro d’água e até mesmo um filtro que nos remetem a turbidez/turvatura (achei essas palavras no dicionário) da água.

O diretor e os roteiristas Will Beall, David Leslie e Johnson-McGoldrick nos levam através de uma narrativa de origem clássica, ou seja, a nossa conhecida e amada “jornada do herói”, (que, apesar de ser o básico para filmes de super-heróis, já cansou de passar do ponto na mão de roteiristas e diretores renomados) pela história de Arthur Curry porém diferente do que normalmente acontece nós não acompanhamos o nascimento do personagem até o momento que esse se torna herói de forma linear. Usando flash-backs de forma orgânica fomos apresentados as informações que precisávamos para criarmos afinidade com o protagonista e conhecermos de forma mais dinâmica o seu crescimento.

Parecendo estar muito à vontade com o papel, Jason Momoa nos entrega um protagonista totalmente cativante, carismático e com um timer impecável para a comédia, a construção do personagem nos é mostrado através de camadas. Conhecemos ele no começo quase como um típico “brucutú” (só sabe bater e fazer cara feia), mas ao longo do filme vamos conhecer o lado engraçado, o lado filho, seu lado inseguro e etc.,isso se deve não só ao ator, mas aos roteiristas e diretor que com cenas simples e pontuais (e apesar de não aprofundar essas camadas) conseguiram fazer o personagem um pouco mais real, além disso é importante dizer que eles parecem ter se inspirado no próprio Momoa para criar o personagem.


Sem se preocupar em fazer algo muito próximo ao real, James Wan, cria uma atlântida futurista construída sobre ruínas gregas e com estruturas que lembram claramente os animais e vidas marinha sem esquecer de chocar com as cenas que nos incomodam sobre a realidade do fundo do mar e o quanto nós, seres da superfície, afetamos a vida marinha.

Para terminar essa resenha preciso pontuar que o CGI que tanto criticamos em Batman versus Superman usado para tirar o bigode do Superman mostrou as caras aqui de novo e diferente do outro, se mostrou eficiente e muito melhor nesse filme, sendo capaz de rejuvenescer os atores sem nos incomodar ou dar a sensação de falso. Além dessa melhora precisamos aplaudir a equipe de efeitos especiais e sonoros que conseguiu criar efeitos incríveis em cabelos balançando debaixo d’água e bolhas de ar.

Pelo que você já pode ter percebido da minha crítica e até mesmo da chamada desse post, achei o filme eficiente e muito bem amarrado, com personagens bem desenvolvidos e um vilão respeitável. Apesar de cumprido, o filme passa de forma fluida e o tempo é bem aproveitado.

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