[Resenha] O Rei do Inverno - Bernard Cornwell

Olá!!

Se a Távola redonda, Artur, Guinevere, Merlin e Lancelot são nomes que te encantam e te fazem pensar em uma época nobre, cheio de cavaleiros em cavalos brancos, heróis e te faz ter vontade de viver na época medieval talvez esteja na hora de conhecer a verdade nua e crua desse período que é tão exaltado nos cinemas, mas que não é chamado de “Idade das trevas” à toa.


Sinopse: O rei do inverno é o primeiro volume da trilogia As crônicas de Artur do escritor inglês Bernard Cornwell sobre o lendário guerreiro Artur, que passou para a história com o título de rei, embora nunca tenha usado uma coroa. Um dos mais importantes autores britânicos da atualidade, Cornwell já foi traduzido para mais de dezesseis línguas e seus romances alcançaram rapidamente o topo das listas de mais vendidos: foram mais de 4 milhões de exemplares em todo mundo. A chave de seu sucesso está na criteriosa pesquisa histórica e na narrativa envolvente com a qual Cornwell disseca a vida de seus personagens. O rei do inverno conta a mais fiel história de Artur, sem os exageros míticos de outras publicações. A partir de fatos, este romance genial retrata o maior de todos os heróis como um poderoso guerreiro britânico, que luta contra os saxões para manter unida a Britânia, no século V, após a saída dos romanos. O valoroso soldado cresce dentro do exército do rei e dentro da narrativa de Cornwell até se tornar o melhor amigo e conselheiro de Artur na paz e na guerra. Cornwell resgata, em O rei do inverno, curiosidades dos confrontos no início da era cristã, como o ritual do xingamento. Os comandantes dos exércitos rivais esquentavam o ânimo para a batalha se encontrando no meio do campo e trocando insultos. Nesta versão da lenda, Artur - filho bastardo do rei Uther Pendragon - penhora sua fidelidade e proteção para Mordred, herdeiro legítimo do trono. Numa Bretanha habitada por cristãos e druidas, dividida entre diferentes senhores feudais e seus respectivos interesses e ameaçada pela invasão dos saxões, Artur emerge como um poderoso e corajoso guerreiro capaz de inspirar lealdade e unir o país. Uma personalidade complexa, impelida por honra, dever e paixão, iniciada com maestria por Cornwell em O rei do inverno, e finalizada em Inimigo de Deus e Excalibur, próximos títulos da trilogia. Apesar de morar nos Estados Unidos desde 1979, quando se casou e desistiu de uma carreira como produtor de TV para se tornar escritor, Cornwell reteve o senso de fina ironia britânico. Ele coleciona mapas e gosta de pesquisar sobre conflitos famosos visitando os campo de batalha.


Autor: Bernard Cornwell
Editora: Record
Páginas: 546


Alguém aqui além de mim se encanta com a história do “Rei Artur”? Se sim essa é uma trilogia que você TEM que colocar na sua lista de leitura. Ainda não te convenci? Você é fã de livros cheios de sangue, guerras e conspirações? Então essa é a trilogia que você está procurando. Ainda não? E que tal um narrador observador cativante e que te faz se sentir em uma parede de escudos e o cheiro de sangue.


            O Rei do Inverno é o primeiro livro da trilogia Crônicas de Artur escrita por Bernard Cornwell. Nele Cornwell nos apresenta uma versão bem diferente e mais real do que teria acontecido com Artur. Usando um personagem que passou por todos os acontecimentos e escreve sobre eles durante sua velhice, o autor consegue te transportar para dentro da história e nos apaixonarmos por Artur, sua vontade de fazer o certo, trazer a paz para o seu povo e de viver uma vida simples. Além disso, conhecemos um Merlin bem diferente do que estamos acostumados, irônico e rabugento, mas o mesmo sábio de toda história. O interessante desse livro é que o autor faz questão de nos jogar de um lado para o outro, enquanto em um momento ele nos faz acreditar que uma situação é mística e influenciada pelos deuses em outro momento nos faz acreditar em mágica. Acho que vale destacar que Cornwell é tão cuidadoso que fez uma pesquisa histórica para poder costurar fatos reais com a história de Artur, tornando mais real e possível a existência de Artur, Galahad, Merlin e todos os outros. Enquanto eu lia o que mais me tocou foi a inocência e a fidelidade de Derfel, tanto ao que acredita quanto aos amigos e ao seu povo.

Artur, na verdade, nunca foi rei. Era, sim, o filho bastardo de Uther, que se transformou no principal líder militar britânico no século V. Após a saída dos romanos da ilha, a Britânia viveu um período conturbado, durante o qual seu povo lutou pela posse da terra de seus ancestrais contra os invasores saxões. Uma época em que os velhos deuses tribais dos Druidas resistiam ao domínio dos cristãos e procuravam recuperar o prestígio e o poder perdidos durante a ocupação romana. Numa terra dividida entre diferentes senhores feudais e ameaçada pela invasão dos bárbaros do oeste, Artur emerge como um guerreiro poderoso e corajoso capaz de inspirar lealdade e unir o país. Uma personalidade complexa, impelida por honra, dever e paixão, que nos é apresentada de maneira jamais vista.

            O livro é simplesmente encantador e me fez ficar totalmente imersa e louca para continuar a ler a história de Derfel e sua vida como amigo íntimo de Artur. Se você é fã da história que até hoje encanta tantas pessoas devido ao mistério da existência ou não de Artur, mas que procura algo que também seja histórico eis uma boa pedida!

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