Sabe quando você lê um livro já imaginando
como seria o filme dele?
Acredito que tenha ideia do que estou falando,
pois sempre passa um filme na nossa cabeça quando a gente está lendo algo. O
problema é que infelizmente, algumas vezes o filme não é o que a gente imagina,
os personagens são totalmente diferentes e as cenas parecem que estão “do lado
avesso” do livro. KEEP CALM! Porque a história de hoje vale a pena do início ao
fim, ou melhor, do livro ao filme.
SINOPSE: Bruno tem nove anos e não sabe nada sobre o
Holocausto e a Solução Final contra os judeus. Também não faz ideia que seu
país está em guerra com boa parte da Europa, e muito menos que sua família está
envolvida no conflito. Na verdade, Bruno sabe apenas que foi obrigado a
abandonar a espaçosa casa em que vivia em Berlim e a mudar-se para uma região
desolada, onde ele não tem ninguém para brincar nem nada para fazer. Da janela
do quarto, Bruno pode ver uma cerca, e para além dela centenas de pessoas de
pijama, que sempre o deixam com frio na barriga. Em uma de suas andanças Bruno
conhece Shmuel, um garoto do outro lado da cerca que curiosamente nasceu no
mesmo dia que ele. Conforme a amizade dos dois se intensifica, Bruno vai aos
poucos tentando elucidar o mistério que ronda as atividades de seu pai. O
Menino do pijama listrado é uma fábula sobre amizade em tempos de guerra, e
sobre o que acontece quando a inocência é colocada diante de um monstro terrível
e inimaginável.
Autor:
John Boyne
Editora:
Seguinte
Páginas:
190
O menino de pijama listrado conta a história
de dois meninos, uma amizade e uma guerra que parecia nunca ter fim. Há que
diga que o livro parece ser infantil, é aquela velha mania de julgar o livro
pela capa. Mas quer saber de uma coisa? Ele tem mais inocência do que você pode
imaginar.
Para começar, ele é narrado por um menino
chamado Bruno que vive uma vida confortável e feliz até receber a notícia da
mudança para Haja-Vista (Que na verdade era Auschwitz, Haja-Vista era como
Bruno a chamava). Por causa do trabalho do seu pai, um oficial promovido, Bruno
passou a viver numa casa isolada e entediante. Além da li, a única coisa que o
deixava ocupado era observar da janela aquelas inúmeras pessoas de pijamas
listrados, aquela fumaça que subia e aquela cerca que as rodeavam.
Um dia Bruno decidiu sair de seu quintal e
explorar o terreno em volta de sua casa (Ainda que seus pais o tenha proibido
de fazer isso), até que se deparou com a cerca que via de sua janela e com um
menino careca, pálido e de pijama listrado.
A partir dali, Bruno descobre uma amizade
indestrutível ao lado do menino que acabará de conhecer. Shamuel é um Judeu, e
aquele lugar onde vive é um campo de concentração nazista. Nada importava para
Bruno, ele mal sabia o que estava acontecendo, ele compartilhou sorrisos,
alimentos, afetos e conforto com Shamuel. Eles foram grandes amigos!
Coisas terríveis aconteciam do outro lado da
cerca, e a história tem uma revira volta chocante justamente quando a mãe de
Bruno, cansada da vida que estava levando decidiu voltar para a cidade onde
moravam.
O mais emocionante do livro e do filme sem
dúvida é o final, uma lição jamais esquecida para a família de Bruno, para o
leitor e para quem assistiu apenas o filme. Esse fim é narrado pelo autor John
Boyne de forma inocente e nas entrelinhas que me fez insistir nas perguntas:
Quem
é o ser humano?
Que
mundo é esse?
Como
pedem ser capazes de tamanha crueldade?
Gosto
de obras que me faz refletir sobre determinadas situações.
Eu não sei você, mas eu sempre aprendo alguma
coisa em cada história que termino de ler. No decorrer da vida, a gente aprende
a conviver com as diferenças, entende o quanto o respeito é importante, que
somos todos seres humanos iguais de dignidade e direito.
E aposto que você deve estar se perguntando o
que de tão chocante aconteceu... Prepare o lenço e se emocione!
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